Jesus foi vestido com um manto vermelho, puseram-lhe na cabeça uma coroa de espinhos e na mão uma vara de bambu. Os soldados romanos zombavam dele dizendo: "Salve o Rei dos Judeus".[159] A seguir, espancaram-no e cuspiram nele. Forçaram-no a carregar a própria cruz, até um lugar chamado Gólgota. [nota 37] Ao vê-lo perder as forças, ordenaram a um homem, de nome Simão Cireneu, que tomasse da cruz e a carregasse durante parte do caminho.
Conduzido para fora da cidade, Jesus foi pregado na cruz pelos soldados romanos. João conta que escreveram no alto da cruz a frase latina "Iesus Nazarenus Rex Iudeorum".[nota 38] Puseram a cruz de Jesus entre as de dois ladrões.[160][nota 39] Antes de morrer, Jesus exclamou: "Elí, Elí, lamá sabactani" que traduzido seria "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?" (Mateus 27:46). Depois de três horas, Jesus morreu. José de Arimatéia e Nicodemospuseram o seu corpo num túmulo recém-aberto, e o fecharam com uma pedra.
Existe uma questão que pode ser polêmica para algumas pessoas inclusive estudiosas da questão envolvida, conforme os parágrafos abaixo:
Um erro de tradução da Bíblia é tomar staurós como estaca ou estaca de tortura e, baseando-se nisto, dizer que Jesus foi pregado em uma estaca ao invés de uma cruz.[161] Isto pois, na época que se diz ser a da morte de Jesus, o significado da palavra já havia passado a abranger duas estacas cruzadas.[161]
Por outro lado, o livro The Non-Christian Cross (A Cruz Não-Cristã), de J. D. Parsons, explica: “Não existe uma única sentença em nenhum dos inúmeros escritos que formam o Novo Testamento que, no grego original, forneça sequer evidência indireta no sentido de que o staurós usado no caso de Jesus fosse diferente do staurós comum; muito menos no sentido de que consistisse, não em um só pedaço de madeira, mas em dois pedaços pregados juntos em forma de uma cruz.”